O tempo médio de uma célula cancerosa é de 100 dias, de forma que em aproximadamente oito anos o nódulo chega a adquirir 1 cm de diâmetro. Em relação ao câncer de mama hereditário, sabe-se que é proveniente de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, ocorrentes em células germinativas. No entanto, a hereditariedade do câncer de mama representa apenas 10% dos casos, comparado com o câncer de mama polimórfico, que representa de 40 a 50 % dos casos.
Fatores de risco |
É evidente que os fatores de risco para a manifestação de tumores é estritamente relacionado à forma de vida contemporânea. Dentre os fatores de risco é imprescindível listar os ligados a Nutrição, como a obesidade; 1ª gestação já em idade avançada; tabagismo; exposições alem do permitido por lei a radiação (RDC 330/2019); contaminação química como drogas carcinogênicas, uso de contraceptivos e repositores hormonais orais como estrogênio e progesterona. |
Dentre os cânceres de mama mais frequentes estão os que acometem as células que compõem os ductos da mama. Portanto, o câncer de mama mais comum é o Carcinoma Ductal. Quando in situ, não acomete as camadas posteriores aos ductos. Em contra partida, o Carcinoma inflamatório é mais raro, no entanto afeta de forma agressiva a mama deixando-a inchada, vermelha e elevando sua temperatura. Diferente do Carcinoma ductal in situ, que se mantém isolado e de fácil tratamento.
Diagnóstico
É mais que reconhecida a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, assim como seu tratamento nas fases iniciais. Em países desenvolvidos como Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Holanda, Noruega e Reino Unido, é perceptível o aumento da incidência, juntamente com a redução da mortalidade causada pelo câncer de mama. No entanto, em países como o Brasil, nota-se o aumento da incidência juntamente com o aumento da mortalidade, que se justifica devido à interrupção dos exames que deveriam ser periódicos.
Dentre os diversos métodos de detecção do câncer de mama, os principais são: o Exame Mamográfico (MMG); o Exame Clínico Mamário (ECM) e o Autoexame Mamário (AM).
O AM é de grande importância para o diagnóstico precoce, mas para sua eficácia é recomendado que seja realizado mensalmente pela paciente. É percebida uma redução da mortalidade em mulheres com idade entre 50 e 74 anos que realizam anualmente o exame mamográfico. É reconhecido pelo INCA o exame MMG anual, em mulheres a partir dos 35 anos.
Baseado no fato de que os tumores seguem um curso biológico comum, segue a classificação proposta pelo Instituto Nacional do Câncer (Brasil, 2000), relativo ao seu desenvolvimento.
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Estágio-0: Carcinoma in situ ou câncer não invasivo.
No estágio 1 e 2; ocorre o expandimento dos lóbulos ou ductos para os tecidos próximos.
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Estágio-1: Apesar de pequeno (2 cm de diâmetro), o tumor é invasivo, no entanto não se espalhou pelos linfonodos, em outras palavras, o tumor permanece em seu local de origem.
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Estágio-2: os linfonodos podem estar ou não envolvidos.
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Estágio-3: é o câncer de mama localmente avançado, em que o tumor pode ser maior que 5 cm de diâmetro e pode não ter se espalhado para os linfonodos ou outros tecidos próximos à mama.
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Estágio-4: é o câncer metástico, o tumor pode ter qualquer tamanho, este se espalha para outros tecidos locais do corpo.